Que passa, então, a desejar reticências em cada certeza, só para despir a perfeição da sua perene doidice de se achar definitiva e pra lá de necessária. Não aqui, onde engrenagens são as mãos ao ar, tentando colher a alegria de se aprofundar no vento, como que interagindo na criação de uma jornada de carinhos. Não aqui, onde silêncio é prefácio de cantoria, e as pessoas não são apenas pessoas. Elas também são companhia, das que apreciamos feito vinho, café fresco, pés nus correndo pela casa em busca de alvo no qual dançar. Que passa, então, a ladear a coragem de enveredar pelos mistérios da felicidade. E ainda que ela se apresente como orgulhosa autora dos melhores momentos de sua vida, ela a encaro silente, lembrando-se daquele momento imperfeito em que, antes de a felicidade chegar, sente-se melancolicamente humana.
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