A jornalista Júlia Duailibi foi atrás do que não foi contado sobre os 580 dias da prisão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O documentário, que foi ao ar na quarta-feira na Globonews, mostra a história através das vozes mais próximas do Presidente – algumas desconhecidas do público. São advogados, assessores, a fiel secretária. Janja.
Gente que fez “clipping” das principais notícias diárias, à mão, para deixá-lo informado. Gente que teve a dura missão de avisar sobre a morte repentina do neto. Gente que todo dia gritava do lado de fora “Bom dia, boa tarde, boa noite, Presidente!”
Júlia e sua equipe suprimiram alguns fatos – não sei se propositadamente. Como Lula não aceitou falar por hora, talvez ela pense em, no futuro, conseguir uma entrevista – e completar as lacunas.
A equipe também foi muito feliz ao delegar a Moro o lugar de nada que lhe é perfeito: sem nenhum holofote, as menções são mínimas e discretas.
Não se pode esquecer que a Globo ajudou a construir o caos dos últimos seis anos quando apoiou o impeachment e deu à Lava Jato carta branca com zero investigação – pareciam entorpecidos pelas notícias plantadas pelo então juiz e seus aliados (e nem sei se a ficha caiu logo que Moro foi nomeado Ministro).
Seja como for, Lula toma posse no próximo domingo, e o documentário nos mostra que Curitiba tem muita relevância nessa empreitada.
Na terceira vez em que ele subirá a rampa, a cela de 40 metros do quarto andar da PF se transforma num porão, e as dores dessa “longa e escura noite” são feito uma tatuagem indesejada – que, suspeito, seja impossível de remover.
Quem não viu, poderá ver as reprises em horários alternativos nesse fim de semana ou na Globoplay (para assinantes). 😉
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