Escrevo enquanto escuto High Ball Stepper, uma das onze faixas do disco Lazaretto, segundo da carreira solo de Jack White. Instrumental, pesada, fantástica.
E tentando ignorar o fato de que o músico está no Brasil.Eu não pertenço à safra de fãs que acompanhou a carreira da banda The White Stripes. Conheço pouco do material da banda, mas talvez um dia eu me acerte com isso. O fato é que ao escutar Hypocritical Kiss e Love Interruption, canções do primeiro disco do músico, Blunderbuss, meu interesse em Jack White foi de praticamente inexistente – quase que baseado somente na participação dele no filme Cold Mountain, do que na música – a eu me tornando fã de carteirinha do músico.
Blunderbuss é dos meus discos preferidos. Bacana em um nível que agrada profundamente.
A sonoridade da música de Jack White é o que mais me encanta. Tem seu peso, mas também suas sutilezas. Ele é um talentoso guitarrista que escreve letras significativas, com quê melancólico que me agrada. E tem a voz, ela que combina muito bem com esse cenário singular no qual ele imprime seu fazer artístico.
Lazaretto foi lançado em 2014, e ao contrário do que pensei – que depois de um disco tão bom quanto Blunderbuss seria difícil fazer melhor -, ele traz uma série de grandes canções. Apesar de achar Temporary Ground impecável, não consigo escolher uma canção preferida. Apeguei-me High Ball Stepper, o que ficou claro no começo do texto. E depois de escutar Alone In My Home: “I’m becoming a ghost/Becoming a ghost/So nobody can know me”, decidi que todas as canções de Blunderbuss e Lazaretto merecem caber na minha lista de preferidas, caírem no repeat do meu player e embalarem as minhas madrugadas insones.
Caso você não conheça, aconselho que experimente Jack White.
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