Agradece ao silêncio alcançado em momento em que o desassossego berrava as suas exigências, oferecendo ao descontrole o controle da sua sanidade. Amém ao solilóquio da esperança, que apesar de aparentemente frágil, mostrou-se de força voraz ao inspirá-la a se defender da enfática insegurança. Sente-se grata pela colheita de sonhos em época de estiagem de afeto, quando corpo e alma não combinavam, como se estivessem cada qual em uma sala vazia. E que, aos sonhos e barrancos – e trancos – acabaram por experimentar da sintonia. Agradece ao milagre alcançado, ao diariamente por permiti-la trafegar em sua tez, concretizando arrepios de felicidade à rotina. E que mesmo diante das dolências, da severidade da tristeza adquirida, ofereceu-lhe ensejos propulsores de gargalhadas e deleites, e validou a capacidade dela de amanhecer outro dia a cada dia. Amém à reverberação da delicadeza, mesmo quando o olhar endurece. Namastê.
| Carla Dias |
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