Caminhava devagar, absorta. Ia contando os passos. Procurava por o pé no centro dos paralelepípedos. Tinha que dar tantos passos quantos paralelepípedos houvesse na calçada. Não pisava as raias. Não tinha pressa. Ninguém a esperava em lugar nenhum. Foi então que ela o viu. Caminhava devagar, sem pressa. Os olhos fixos no chão, concentrados nos paralelepípedos. Parecia contá-los. Estava quase segura de que os contava. Por um segundo cruzaram um olhar. Ele perdeu a conta. Ela pisou na raia. Porra, sussurrou ele. Merda mussitou ela. Odiaram-se.
I Yolanda Serrano Meana I
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