A jornalista Renata Lo Prete nos lembrou no Jornal da Globo de 15/06/2022, quem começou as buscas por Bruno e Dom e as muitas respostas ainda não respondidas – nesse e em muitos outros casos de mortes na Amazônia e pelo Brasil de defensores dos Direitos Humanos, minorias e da Floresta.
Alguém vai dizer que governos anteriores também não se importavam. Eu concordo: nunca foi real prioridade de nossos governantes – essa turma de Brasília que nós elegemos só está preocupada com seus mandatos e a “boquinha” que é ser parlamentar, não com o País.
Mas nunca antes um governo validou invasões e deu permissão para matar como esse. E isso faz uma grande diferença. A maneira como B. trata jornalistas e todas as classes que defendem os excluídos, diz muito sobre tudo que acontece no Brasil nesse momento – e continuará acontecendo, especialmente na Amazônia, quando as forças armadas e a imprensa se deslocarem de Atalaia do Norte.
Em nota, a organização indígena Univaja reforça que já vem denunciando a realidade local, enviando uma série de ofícios com informações qualificadas ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e à Fundação Nacional do Índio, indicando a composição de uma quadrilha de pescadores e caçadores profissionais, vinculados a narcotraficantes, que ingressam ilegalmente em nosso território para extrair nossos recursos e vende-los nos municípios vizinhos. São vozes que reiteradamente passam informações através de denúncias às autoridades competentes – que não tomam nenhuma providência.
As manchetes mundiais atestam que o Brasil é um país que assassina seus defensores da Amazônia e dos índios, pintando mais uma vez uma mancha de sangue no nosso verde amarelo. Desolador…
Ficam nosso imenso lamento e um triste muito obrigada a Bruno e Dom por tudo e por tanto. E a pergunta que não pode ser calada: “Quem mandou matá-los?”
- “ALIKE” – PARA QUE EDUCAMOS AS CRIANÇAS? - 22/05/2024
- UM ANO SEM LUNA - 15/05/2024
- A “ONDA” DA COMUNICAÇÃO INTUITIVA - 01/05/2024