Sr. Manoelzinho era homem exemplar, trabalhador honesto, devoto de Nossa Senhora de Fátima. Os amigos não tinham o que dizer dele. Na capela do cemitério, sua esposa, D. Isabel, se sentava no canto quietinha com seus cinco filhos, todos arrumadinhos, quando entrou a outra senhora. Parecia tristinha também, dois filhos, um deles especial. Estava ali para dar adeus ao Sr. Manoelzinho. O falecido foi muito bom para ela também, havia lhe deixado morando no único apartamento próprio dele, onde ela vivia com os filhos, que tiveram assistência total do pai sempre presente naqueles mais de vinte anos. Sr. Manoelzinho era homem correto e registrou seus sete filhos no nome dele e da Dona Isabel. Tinha sempre controlado todos os documentos da casa e era um homem de poucas palavras. Nada sabia a esposa sentada quietinha no canto da sala sobre as decisões tomadas em vida por Sr. Manoelzinho, nem que era sua aquela família que se aproximava.
| Andrea Bianchi |
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