HIPERBREVES

SONHO

Pegou a bola, jogou pra cima, deixou cair no peito. Depois, malabarismos sem fim. De repente, foi cercado pelos passantes que apostavam se a bola cairia ou não. Mas o menino sabia bem o que fazia e seguiu numa sequência quase infinita. Ganhava mais confiança a cada lance e sua postura ganhava ares de profissional. Fosse qual fosse o final, após um bom tempo ali administrando a bola nos pés, ombros, cabeça, peito, ganharia certamente alguns aplausos. Foi o que aconteceu: por um momento, foi o mais talentoso do universo. Olhou em volta e ao se ver novamente sozinho, tratou de voltar à realidade de um simples menino a andar pelas ruas.

| Andrea Bianchi |
Andréa Bianchi
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Não estou pronta ainda, todos os dias alguma coisa muda em mim... Vivo no Rio de Janeiro.