Diziam as línguas desocupadas, essas facilmente desmentidas, que o Imperador Cesar Augusto, foi quem determinou que Agosto tenha 31 dias pra que o mês que leva seu nome não ficasse atras do antecessor Julho (de Julius Cesar), quebrando assim a dança dos meses alternados.
Agosto ainda sofre com a crença de tempos de azar, de cachorros loucos e das sextas feiras 13 que ousem cair no seu espaço do calendário. Os mais antigos diziam que os cães, ditos loucos, uivavam pra se despedir de tudo que já cumpriu sua função e precisa partir. Agosto, portanto, seria um tempo de partidas e despedidas — e faz todo sentido se pensarmos que logo depois vem setembro inaugurando a primavera.
E se é pra fazer despedida, que seja espreitando amplitudes, afinal deixar ir é deixar chegar. Que tudo seja feito com a generosidade leonina, doando ou deixando partir tudo aquilo que formos capaz ou que precisamos desapegar.
O frio também já se vai, diminuindo aos poucos mas, que antes seja saudado em grande estilo: dê preferência aos vinhos tintos e às lareiras calientes. E, se ainda assim, você escutar um cachorro uivando, não estranhe: é chegada a hora de colher tulipas e flores de cerejeiras.
Que Agosto, o mês de número oito, seja ao seu, ao meu, ao nosso gosto.
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