Durante o jantar, derrubou a taça de vinho. O cristal partiu-se em pedaços sobre a mesa, esparramando o líquido ébrio. Mas já de manhã, a xícara de café tinha escorregado de suas mãos: o barulho impactante contra o ladrilho, soou quase como um aviso de que o dia seria de rupturas. No meio da tarde, quebrou-se o carro, em plena avenida movimentada. O computador também engasgou enquanto ele escrevia aquele texto para a revista, já no último prazo. E enquanto namorava a meia lua insinuante, pendurado na sacada do décimo andar, o salto para o nada, sob o céu de estrelas, veio do inesperado impulso na mureta – que, segundo os bombeiros, estava trincada.
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