Girou a maçaneta e abriu a primeira porta, fechando-a em seguida, delicadamente. A segunda lhe exigiu a chave e retribuiu com um ranger suave, discreto, que em nada anteciparia o vigor da terceira, seu peso e sua firmeza quase intransponíveis. Arrombou-a. A quarta foi como brincar de ser criança, a porta giratória a convidar à dança e à vertigem. Seguiu adiante e não percebeu o portal de vidro, que se partiu em pedaços. Curou as feridas rumo à sexta porta, trancada a sete chaves. Levou anos para descobrir os segredos. A última lhe foi aberta misteriosamente. Ao atravessá-la, não havia ninguém.
| Fausto Rêgo |
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