Quando a bisavó morreu, a menina questionou a tia: “Mas o que acontece agora?” Ela, que acredita que tudo finda nesse momento, não soube como responder a pergunta sem causar impacto na pouca idade, e fez o contrário do que manda a cartilha: desconversou, explicando superficialmente que todos rezavam, falavam palavras bonitas, depois colocavam flores. E acrescentou: “A bisa agora será lembrança, pra sempre guardada no coração e nas histórias de todos que a amavam.“ Esperou que fosse suficiente. Teve a sensação de que não foi. Depois de alguns instantes, a menina, que não chorou, continuava fitando-a desconfiada – e ela ficou em dúvida se seu semblante irradiava pesar, incompreensão ou deboche…
| Débora Böttcher |
Últimos posts por Débora Böttcher (exibir todos)
- “ALIKE” – PARA QUE EDUCAMOS AS CRIANÇAS? - 22/05/2024
- UM ANO SEM LUNA - 15/05/2024
- A “ONDA” DA COMUNICAÇÃO INTUITIVA - 01/05/2024