A palavra perfume deriva do latim “per fumum“, que significa “pela fumaça” e sua história, que caminha junto com a trajetória do homem desde tempos imemoriais, no início se confunde com a do incenso: antes mesmo de dominar o fogo, o homem sentiu os cheiros que algumas árvores com troncos odoríficos, como o cedro e o pinheiro, soltavam no ar.
Depois, quando o fogo foi dominado, o homem deliberadamente passou a queimar madeiras e folhas para sentir o aroma que lhe agradava, assim como durante as oferendas aos deuses – registros históricos afirmam que a Babilônia queimava 26 mil quilos de incenso por ano para acalmar a fúria dos deuses. E acreditando que os aromatizantes garantiam a eternidade do corpo e do espírito, os antigos egípcios usavam essências perfumadas também no ritual de embalsamamento.
Um século após o nascimento de Cristo, já estava em expansão o comércio de essências perfumadas, que se iniciou com os árabes. Desde a antiguidade, os perfumes estiveram sempre ligados à nobreza e à aristocracia, principalmente devido às dificuldades técnicas para obtê-los. Com o correr dos séculos, o perfume foi perdendo seu caráter religioso e ganhou um cunho profano, fazendo parte dos jogos de sedução nas cortes.
No marcado de arte e antiguidades, o perfumeiro e o frasco de perfume antigo se tornaram itens de colecionismo, alguns deles alcançando preços inimagináveis. As fábricas de perfumes sempre se preocuparam em criar embalagens e frascos bem requintados. Os colecionadores de frascos de perfumes antigos vivem garimpando pelas feiras de antiguidades e antiquários atrás de peças raras, preferencialmente as que contenham a essência original.
Muito embora o olfato seja o menos explorado dos cinco sentidos, vivemos hoje num mundo perfumado, cercado de odores, e o perfume está longe de ser apenas instrumentos das vaidades humanas. A grande perfumaria francesa, baseada em composição elaborada de perfumes e extratos, data do final do século XIX, tendo atingido um grau de desenvolvimento magnífico!
E com tantas opções disponíveis no mercado, escolher o perfume que mais combina com você pode não ser tão fácil quanto parece. Levar em consideração aquela fragrância que você adorou em alguém, por exemplo, nem sempre dá certo – o cheiro varia muito de acordo com cada pele.
Para facilitar a escolha, a professora do curso de Cultura do Perfume, da FASM, e expert no assunto, Marcia Sant’ana, fez uma a lista do que devemos considerar na hora da compra.
1. TESTE DO RELÓGIO – Aplique o perfume na sua pele e deixe pelo menos 10 minutos para ter certeza se gosta do cheiro. Se estiver em uma loja de shopping, aproveite para aplicar o perfume na loja e fazer um teste com ele enquanto vê outras vitrines. Se ainda gostar do cheiro, volte depois de 30 minutos para comprar.
2. FIXAÇÃO – É importante considerar a concentração do perfume antes de comprar. Se procura um perfume com alta fixação o mais indicado é um eau de parfum – que é mais concentrado. O eau de toilette ou deo-cologne têm concentrações menores, mas ainda assim, duram pelo menos seis horas. Já os body splashes e as águas perfumadas são uma alternativa refrescante e com baixa dosagem de perfume, caso queira algo leve. Tudo depende da ocasião.
3. NOTAS – É importante saber a sua preferência olfativa, ou seja, se você gosta mais de perfumes cítricos, adocicados, florais, frutais, etc. Esse conhecimento certamente te ajudará na escolha de um perfume.
4. EVITE MISTURAS – Não prove mais do que 3 ou 4 perfumes ao mesmo tempo – você pode saturar o olfato e não conseguir mais decidir.
5. PRESENTE ARRISCADO – Somente dê um perfume de presente se você souber a preferência olfativa da pessoa a ser presenteada.
Fontes: Magia do Perfume | Chic, Gloria Kalil
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