Meio da semana, meio do dia. Ele dá uma pausa nas suas tumultuadas horas no mercado financeiro por conta de seus tumultos interiores. Está diante de uma decisão que ele considera difícil: casar-se. Teve a infância fincada na desilusão da união desfeita dos pais e decidiu que não quer sofrer. Agora, às vésperas dos trinta e cinco anos, vê-se ante um impasse: ou dá uma brecha para o coração ou vai viver à margem das emoções. Quase meia noite e ele está no Aeroporto. Espera a namorada desembarcar de uma viagem breve a trabalho. Vôo atrasado. Sente o coração aos trancos, guarda em si um tanto de ansiedade e carrega no bolso um par de alianças: resolveu que vai pedi-la em casamento ali mesmo, assim que ela cruzar os portões. A moça, que é sempre meiga e de sorriso calmo, chegará cansada. O mundo vai abrir aos seus pés e todos os seus sonhos saltarão de um abismo raso para começar a trilhar os traços de desenhos reais. E a largada para os riscos estará dada…
| Débora Böttcher |
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