CINEMA | SÉRIES

O JOGO DA IMITAÇÃO

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Birdman foi coroado o melhor filme do Oscar de 2015. Fiquei pensando sobre os critérios da ‘Academia’ e não cheguei a nenhuma conclusão.

Enquanto assistia ao filme, que me pareceu um pouco confuso à princípio, pensei que ele retratava uma crítica ferrenha à indústria cinematográfica, o próprio Michael Keaton um personagem terrivelmente verídico: imortalizado pelas comédias e estigmatizado como o Batman, ele foi acintosamente renegado a filmes de segunda linha nos últimos anos. Pena: é um ator brilhante, como se pode ver no filme premiado.

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Mas o filme, em si, não me parecia à altura da premiação maior – minha escolha era “O Jogo da Imitação”, uma incrível reprodução do desespero ante a guerra, a angústia para decifrar os códigos inimigos, a impotência depois da descoberta que, por estratégia, não podia ser revelada, tudo isso aliado à ‘condição’ de Alan Turing, uma mente brilhante presa num corpo obrigado a guardar segredo sobre sua homossexualidade. Um filme belíssimo sobre uma vida espetacular.

 

Mas eu, afinal, não entendo muito de cinema, sou mera expectadora. Só sugiro que não deixem de ver essa história extraordinária, pois se hoje somos lidos e nos comunicamos através de uma máquina, é graças a esse gênio.

Débora Böttcher
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Débora Böttcher

Débora Böttcher

Formada em Letras, com especialização em Literatura Infantil e Produção de Textos. Participou do livro de coletâneas "Acaba Não, Mundo", do site "Crônica do Dia", onde escreveu por 10 anos. Publicou artigos em vários jornais. Trabalha com arte visual/mídias. Administra esse portal - que é uma junção dos sites Babel Cultural, Dieta com Sabor, Hiperbreves, Papo de Letras e Falas Contadas.