Hoje celebramos 14 anos de Maya – o que me enche de alegria, amor e gratidão. E são tantas memórias que não cabem aqui em tão poucas fotos…
Ela, que foi presente de 60 anos para Raul, é minha sombra desde o primeiro olhar.
Nesse contexto, herdou um pouco da minha sina de enterrar os afetos; nesses 14 anos, ela viu “desaparecer” da casa uma matilha inteira – Sandy, Brinny e, há quase um ano, Luna.
Nesses 14 anos, ela tem sido uma companheira imbatível – sob qualquer aspecto. Ela quer estar sempre onde eu estou – e isso, atualmente, implica para ela esforços que eu preferia que ela não fizesse (se desço as escadas, ela desce; se subo, ela sobe).
Maya está comigo todas as tardes quando me deito para descansar do dia – por volta das cinco, se não vou, ela me chama; é minha parceira quando assisto tênis – de manhã, tarde, noite, nas madrugadas; se estou doente, se choro, ela permanece ao lado; se eu não sair da cama o dia inteiro, ela também não se mexe; se estou insone e decido trabalhar durante a noite, ela se deita no escritório; se saio, ela me espera, olhar firme na porta. O tempo inteiro ao meu lado – um filho, não teria um laço tão estreito…
Aliás, pelo que observo, um filho não teria o laço que sempre tive com os animais desde a minha infância – e olhando em retrospectiva, penso que eles me protegeram, desde pequena, de situações familiares difíceis a ansiedades, medos, estresses ou solidão. Como um amuleto, eu, que não tenho nenhuma fé, sempre tive um cão ou gato – e essas presenças certamente me ampararam emocionalmente.
No caso de Maya, jamais conseguirei ser grata por essa presença constante. Sei que seu tempo ao meu lado está terminando e isso não tem sido fácil de assimilar. Venho guardando momentos na esperança de, no futuro, sobrevivendo a ela, conseguir amenizar sua ausência – o que duvido venha a ser possível: a saudade vai me dilacerar sem trégua…
Mas enquanto ela está aqui, todos os dias seguro sua pata em minhas mãos, agradecida por esse vínculo.
Feliz aniversário, minha doce Maya. ♥️🐾🐾♥️
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