Olhando pela fenda do tempo, ela pensa que está onde está porque tudo o que programou deu errado. Tivesse dado certo, ela ainda moraria naquela cidadezinha pequena, daria aulas na escola local, teria pelo menos dois filhos, estaria casada com o primeiro namorado e nunca teria escrito uma linha além do que o cotidiano exigisse. Mas aos quarenta e dois anos, descasada duas vezes, desconhecendo a maternidade, vivendo num país estrangeiro, sócia de uma Editora e com cinco livros publicados, ela ainda não sabe dizer se queria estar ali ou lá – embora saiba que se estivesse lá, talvez fizesse as mesmas perguntas. Mas o que incomoda mesmo é essa saudade de tudo o que não viveu…
| Débora Böttcher |
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