Ela achava sempre que devia alguma coisa à sociedade. Era preciso trabalhar direito, corresponder as expectativas de todos – afinal, a opinião dos outros a seu respeito contava muito. Só que ninguém lhe bateu nas costas para lhe dar parabéns em tantas oportunidades de vitória, e o pior de tudo, não houve um só para lhe consolar quando a dor por fazer o “correto” foi insuportável. Ela deu basta e ganhou a rua, partiu para nunca mais. Que todas as expectativas caíssem por terra, não devia mais nada a ninguém. Saiu sem bater a porta.
| Andrea Bianchi |
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