O último mês do ano abriu as portas com vestígios da impactante queda do avião na Colômbia, dizimando quase todo um time de Futebol e vários jornalistas brasileiros, além de dezenas de vítimas de outras nacionalidades.
O mundo se viu tomado pela sensação – que sempre aflora nesses momentos – de que não temos controle sobre nada. É a vida se comportando simplesmente como ela é: um sopro.
Temos consciência disso? Temos. Mas ninguém pensa sobre a morte, apesar de saber que ela é nossa única certeza. E sendo Dezembro aquele período marcado por considerações pessoais, quando a gente faz um balanço sobre tudo que pontuou o ano, a reflexão se agigantou. A comoção coletiva se mistura ao medo individual e a gente se pega perguntando intimamente: “E se fosse eu? Estou pronta (o) para deixar esse plano que habito?”
Mas, sendo esse só um pensamento furtivo e secreto, a gente segue, entre afazeres e programações, lembrando que Dezembro sempre se veste de uma certa tendência à harmonia, essa tentativa maximizada de fazer da paz o lema que nos rege, e é preciso elevar o astral.
Ainda assim, muitas pessoas se entristecem nessa época – independente do cenário. O ano para quase todos nós foi difícil quando consideramos a crise do País, e a natureza humana está sempre perdendo-se em lembranças, exaltando mais erros que acertos, enumerando as frustrações, gerando aflição e pesar.
Mas dá – ô, se dá! -, mesmo com tanta angústia espalhada nesse momento e ainda que não dê pra conter a lágrima ante o sofrimento alheio, pra gente inverter essa inclinação, encher os olhos só com os sucessos, o que deu certo, as metas que se cumpriu, as boas amizades que se angariou e tudo aquilo que se alcançou, e deixar pra lá – sim, deixar pra lá – o que não deu para realizar. Comemorar as vitórias e conquistas ao invés de chorar os tombos e baques; celebrar os ganhos apesar das perdas.
E na noite mais iluminada do ano, reunir-se – com a família, os amigos, aqueles que você ama e estão por perto – e trocar mimos, abraços, fartar-se de alegrias – e guloseimas, que ninguém é de ferro (xô, dieta!) 😉
Levante sua taça — de vinho, refrigerante, água ou champanhe —, para festejar encontros, celebrar junto aos que estão presentes, contentar-se com o possível. Centralize a atenção nas pequenas coisas simples da vida, no riso e no sorriso – e mais ainda: no fazer rir e sorrir. Desarme-se e emocione-se — de gozo, euforia, saudade, amor – e tente, a todo custo, dispensar a dor.
E na noite dourada transborde leveza: que o Natal, apesar das ausências, seja uma noite feliz, de paz e luz! Para você e os seus… Para todos.
Feliz Natal! 😉
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