Ele tinha sete namoradas quando a conheceu. Casaram-se em dois anos. A primeira filha nasceu após dezoito meses. O segundo filho seis anos depois; o terceiro, depois de mais quatro anos. Cinco anos mais tarde separaram-se por dois anos. Dezessete, onze e sete era a idade das crianças quando retomaram-se. A filha mais velha casou-se depois de três anos: o marido morreu num acidente no ano seguinte. Dez anos mais tarde ela se casou outra vez: o novo marido tinha dezoito anos a mais e ela nunca quis ter filhos. O filho do meio casou-se aos dezessete: seu primeiro filho nasceu aos dezoito e a segunda filha no auge dos seus vinte e dois. O terceiro filho, hoje com trinta e seis, não se casou nem teve filhos. Ele morreu aos cinquenta e um. O primeiro neto fará vinte e cinco e tem planos de se casar em três. A neta estuda medicina e diz que casar está fora de moda. Ela, aos sessenta e cinco, envelhece devagar, saboreando as memórias e contando os dias. E a vida não cansa de se refazer…
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