Mimada e rica, a menina não aceita ser contrariada. A mãe, que não tem tempo para melindres, se vê subjugada pelos desejos da criança e acata seus pedidos sem prestar muita atenção. Autoriza que a Babá compre tudo o que ela pedir, mesmo que a moça humilde tente explicar, entre delicada e temerosa, que a menina precisa de limites. Mas toda vez a mulher a olha com impaciência e acena para que ela saia do seu campo de visão – e leve a menina, por favor! Com o passar dos anos, a Babá vê o ciclo se repetir, cuidando agora, ainda impotente, da filha da menina – que, aos trinta e cinco anos, compulsiva e infeliz, coleciona vestidos, sapatos, jóias e maridos. Em armários, gavetas e fotos.
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