A boca que se esconde sob a barba levemente grisalha procura a dela para um beijo breve e delicado. No instante seguinte, um vulcão emerge do nada, dois seres se fundem, só os sentidos governam… O segundo que os acolhe se figura eterno. O momento se perde na imensidão incontida, o mundo inteiro guardado entre quatro paredes, toda magia da abstração escondida nos cantos dos dois amantes. Quando o sol se levanta e pelas frestas da janela se instala, ainda se guardam um no outro. Todos os vestígios de si estão cravados nas arestas de seus poros, o perfume… Novo dia começa. Contradição e dúvida os perseguem: de repente, descobrem que não podem fugir dos traços que o destino escreveu… Em ideogramas dourados, na folha em branco que os ventos carregam, seus nomes, lado a lado. A memória abarcou… Num relâmpago, a recordação se faz verdade…
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