Os objetos – todos – estavam em seu devido lugar. Os retratos sobre o aparador da sala. As roupas impecavelmente organizadas no armário. A cama arrumada. Os livros na estante. As toalhas limpas. Os tapetes milimetricamente posicionados. As almofadas dispostas em mosaico sobre os sofás. O chão brilhante. Um brinco. A alma, porém, inconsolável, tinha olheiras, vestia trapos e se embriagara.
| Fausto Rêgo |
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