Ele observava as nuvens na tarde que caía: quatro enormes castelos vermelhos flutuavam no horizonte cercados por dragões encantados, um dos quais, em sua imaginação, erguia a cabeça e rugia. Havia também uma princesa de cabelos ondulados cavalgando uma nuvem. Um arco dourado recolhia a luz do dia e abria passagem para uma noite azul marinho. Ele esperava por alguém que não chegaria, mas ainda não sabia disso. Pensava naquela mulher: desenhava sonhos perfeitos e ela relutava, escapava, fugia-lhe; mas no fundo de si, uma voz lhe dizia que ela acabaria por amá-lo. Era uma ilusão, terminaria por compreender: suas vozes interiores lhe mentiam. A noite invadia a tarde e ele continuava ali, sentado, vendo a vida e suas esperanças morrerem junto com o dia. Finalmente entendeu que ela não viria, mas não se moveu. Na noite escura, a luz da Lua iluminou o lugar. Estrelas por toda parte. As nuvens desapareceram e uma brisa leve começou a soprar – trazendo beijos, perfumes, saudades…
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