Helena, Nazaré, Maria e Jade saem do trabalho com pressa, carregam pesadas ancas por calçadas quentes, sobem morros. Ligam a televisão, oito e meia. Último capítulo. O sofá é sujo, os gritos são altos, as paredes poucas, e a vila grande. O trabalho é trabalho, o mundo é assim. Crucifixos tortos, mandamentos decorados. Mas é o último capítulo e calam as crianças num tapa. Torcem. Gritam. Choram. Enfim, sorriem emocionadas, corações leves. O final foi feliz. O resto é ficção.
| Marcelo Spalding | “Minicontos e Muito Menos”
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