Única herdeira do segundo marido, Luiza gasta parte da fortuna em viagens. Diana, a amiga de infância, fica com a incumbência de cuidar da Labradora, parceira inseparável, que ela sempre lamenta não poder levar pelo mundo. Checa a mala com que vai mais uma vez a Paris: quer começar o novo ano iluminada pela Torre Eiffel. No aeroporto, Diana a acompanha no check-in. Na zona de embarque, no abraço que se despede, Luiza tira do pescoço a echarpe rosa e lhe entrega: sabe que ela a adora e deseja que lhe seja símbolo de um ciclo feliz. No último aceno antes de Luiza seguir, Diana sente um aperto, a respiração falha e uma lágrima cisma em rolar, contradizendo o sorriso largo. Horas mais tarde, sentada no sofá do apartamento enorme, com a cachorra a seus pés, dor e desespero a tomam: na TV, o noticiário informa que o voo a caminho da cidade luz obscuramente descansa no fundo do mar.
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