A matéria sobre Cássia Kis e as manifestações na EcoVila onde ela tem casa, mostram como a direita de B começa vagarosamente a ficar asfixiada.
Em tempos recentes, validados pela ideologia do governo, essa gente intimidava e mostrava mais poder: ninguém arriscava muito a discutir com esses que, nunca se sabe, podiam (podem) estar armados; além disso, costumavam (ainda agem assim) atacar, mesmo numa conversa pacífica, com palavras agressivas e truculência; violência também. Nesse contexto, poucos se levantariam contra ela – que, além de tudo, é atriz “global”, um “carimbo” que a elitiza.
Nesses quatro anos, vimos desde um negro negando e perseguindo seus pares até gestos nazistas no Planalto. E ninguém se atreveu muito a apurar – a maioria das investigações foram engavetadas (ora pela PGR, ora pelo MPF, ora pela PF).
Agora, respaldados pela normalidade, já ousamos confrontar esses que, muito mais do que confiscar o verde-amarelo, se arvoraram achando que estavam acima de todos. Na esteira do “E o Lula?”, calaram a voz de muitos que, para além do desconforto e do mal-estar, mantinham-se quietos para evitar confusão.
Claro que muitos ainda seguem valentes nas portas de quartéis fazendo baderna e sujeira, aguardando o milagre de um falso messias – que nunca passou de uma “nota de três”.
Outros destilam ódio e fakenews através das redes sociais – e quando denunciados, esbravejam sua “liberdade de expressão cerceada”, sempre esquecidos de que seus direitos terminam quando começam os dos outros – que tem direito a não ser agredidos, difamados, caluniados; há os que se agarram a argumentos sem base atacando um governo que ainda nem começou – esquecem que o país segue à margem de B, apesar do Presidente já achar que não precisa mais trabalhar após o “aviso prévio”.
Nessa toada de transição, o ar já está mais leve e só agora nos damos conta de como os dias eram pesados, sempre à beira do caos, a emoção suspensa, alerta, em espera constante do próximo ataque.
Olhando para os tímidos movimentos da sociedade civil – que já confronta gente que posa de maluca, mas de louca não tem nada -, e das ações políticas e jurídicas nessa grande “frente ampla”, começamos a acreditar num Brasil mais pacífico.
Na nossa primavera democrática, a esperança vai se tingindo de azul.
- “ALIKE” – PARA QUE EDUCAMOS AS CRIANÇAS? - 22/05/2024
- UM ANO SEM LUNA - 15/05/2024
- A “ONDA” DA COMUNICAÇÃO INTUITIVA - 01/05/2024
Deixe um recado