Quando conversaram, ele não ergueu os braços, não levantou a voz. Manteve postura serena, ouviu calado, pouco argumentou. Consentiu. Despediu-se. Foi breve. Um olhar nervoso, pouco mais. E logo quebrou as promessas, soltou as amarras e enfrentou o oceano, desafiando os conselhos do velho pescador. Jogou o anzol e a isca, os peixes vieram ávidos e o mar lhe encobriu todas as dores. Jamais foi tão feliz. E jamais retornou.
| Fausto Rêgo |
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